quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Reprodução nos seres vivos - Reprodução Sexuada

Fecundação e Meiose - Processos essenciais da reprodução sexuada


Fecundação

A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois gâmetas (o feminino e o masculino), ou seja, é necessário que ocorra fecundação. A célula resultante vai ser o ovo ou zigoto que, no seu núcleo, tem cromossomas de origem paterna e materna. A cada par de cromossomas, um de origem materna e outro de origem paterna, chama-se cromossomas homólogos, que têm a mesma forma, estrutura, e têm informação genética para os mesmo caracteres.




Às células, como o ovo, cujos núcleos têm pares de cromossomas homólogos, chamam-se células diplóides, representando-se a sua constituição cromossómica por 2n.

Conclui-se assim, que a fecundação tem como consequência uma duplicação cromossómica. No entanto, para que a quantidade de DNA de cada espécie se mantenha constante de geração em geração, é preciso que ocorra um processo de divisão nuclear, a meiose.


Meiose ou Gâmetogenese


Neste processo, o número de cromossomas é reduzido para metade. Origina células haplóides, uma vez que vão ter apenas um cromossoma (n) de cada par de cromossomas homólogos da célula original.


Na meiose ocorrem duas divisões fundamentais: a divisão I, ou divisão reducional; e a divisão II, ou divisão equacional.

Divisão I

A divisão I ocorre após a Interfase (como a mitose). Como no período S da interfase ocorre replicação de DNA, os cromossomas no início da meiose serão formados por dois cromatídios.



A divisão I divide-se em quatro subfases:


  • Prófase I: Os cromossomas incurtam e engrossam por espirilização. Ocorre emparelhamento de cromossomas homólogos - sinapses- formando-se díadas cromossómicas, e como cada cromossoma tem 2 cromatídios, designa-se por tétrada cromatídica. Ao dar-se o emparelhamento surgem pontos de quiasma nos pontos de cruzamento entre 2 cromatídios dos cromossomas homólogos. Ocorre o fenómeno de crossing-over - recombinação de genes de cromatídios de cromossomas homólogos. O nucléolo e o invólucro nuclear dissolvem-se, e inicia-se a formação do fuso acromático.

  • Metáfase I: Os pares de cromossomas ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos centrómeros, e dispõem-se no plano equatorial do fuso acromático aleatoriamente, ficando os cromossomas de cada par de homólogos com os centrómeros orientados para os pólos opostos e os pontos de quiasma na região equatorial.

  • Anáfase I: Ocorre a separação ao acaso dos cromossomas homólogos e, em seguida, ocorre a ascensão polar devido à quebra dos pontos de quiasma e, assim, um cromossoma de cada par de homólogos dirige-se para um dos pólos. Ocorre redução, para metade, do número de cromossomas.

  • Telófase I: Os cromossomas descondensam-se. Desaparece o fuso acromático. Reconstitui-se a membrana nuclear. Inicia-se a individualização de dois núcleos haplóides, que têm metade do número de cromossomas do núcleo diplóide inicial.
A divisão II divide-se em quatro subfases:
  • Prófase II

  • Metáfase II

  • Anáfase II

  • Telófase II

Em cada subfase, o procedimento é igual ao da Mitose.No final da divisão II formam-se 4 células haplóides, contendo, cada uma, um cromossoma de cada par de homólogos da célula inicial.




As duas divisões que constituem a meiose podem ocorrer sequencialmente ou existir entre elas uma interfase, sem que ocorra nova replicação de DNA dos cromossomas. Nalguns casos, os núcleos passam da Telófase I directamente para a metáfase II.




A divisão I é reducional, porque o número de cromossomas fica reduzido para metade; a divisão II é equacional, pois mantém-se o número de cromossomas, diminuindo-se apenas a quantidade de DNA (Q).

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