segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estratégias na Reprodução sexuada em Animais e Plantas


Para haver reprodução sexuada é necessário que ocorra fecundação, ou seja, encontro de gâmetas. As gâmetas são produzidas em estruturas específicas, os gametângios/gametófitos nas plantas e as gónadas nos animais.


REPRODUÇÃO SEXUADA EM ANIMAIS

Há animais que têm os dois tipos de gónadas, feminino e masculino. Estes animais são hermafroditas. Mas, em muitos casos, os animais só têm um tipo de gónada, sendo unissexuados ou gonocóricos.

O processo em que um ser hemafrodita tem capacidade de fazer autofecundação (ex: ténia), ou seja, a fecundação efectua-se entre gâmetas produzidas pelo mesmo indivíduo, chama-se hermafroditismo suficiente, sendo da maior importância para a continuidade da espécie. Se a fecundação ocorrer entre espermatozóides e óvulos produzidos em indivíduos diferentes, ou seja, a reprodução é cruzada ( ex: minhoca e caracol), trata-se de um caso de hermafroditismo insuficiente.



No caso do unissexualismo, em que a reprodução também é cruzada, a fecundação pode ser externa ou interna.

Fecundação externa – efectua-se geralmente em meio liquído na maioria das espécies aquáticas (ex: peixes, rã). Os machos e as fêmeas lançam os gâmetas para o meio aquático, ocorrendo depois a fecundação. A existência de moléculas específicas na membrana dos óvulos faz com que a fecundação ocorra apenas entre gâmetas provenientes de indivíduos da mesma espécie.
O sincronismo entre estes, bem como a produção de grande quantidade de gâmetas, o que implica maior dispêndio de energia, contribuem para a eficácia da fecundação externa.


Fecundação interna - efectua-se no interior do organismo da fêmea. O macho deposita os espermatozóides no interior do sistema reprodutor da fêmea, onde ocorre a fecundação. Este tipo de fecundação é crucial nos seres terrestres, pois os gâmetas não suportam a dessecação que se verifica em meio terreste.

Na época da reprodução há comportamentos animais que permitem que o processo seja mais eficaz. Geralmente é o macho que atrai a fêmea, realizando um ritual que constitui a parada nupcial. Será portanto pelo comportamento dos machos que estes podem assegurar a continuidade dos respectivos genes nas gerações futuras. Exemplos disso encontram-se neste vídeo.


REPRODUÇÃO SEXUADA NAS PLANTAS

Designam-se de dióicas as plantas que produzem só um tipo de gâmetas, e monóicas as que produzem os dois tipos de gâmetas. As gâmetas produzidas nos gametângios femininos ou arquegónios são a oosfera, e as gâmetas produzidas nos gametângios masculinos ou anterídios são os anterozóides.

As flores hermafroditas (monóicas) possuem estames e carpelos e as flores unissexuadas (dióicas) possuem ou só estames ou só carpelos. Os estames são os órgãos reprodutores masculinos e os carpelos são os órgãos reprodutores femininos.
Os grãos de pólen produzidos nas anteras e os óvulos existentes no interior dos ovários são os intervenientes na reprodução das plantas com flor.
Para ocorrer reprodução é necessário que ocorra polinização, ou seja, os grãos de pólen são transportados para os órgãos femininos. Se ocorrer na mesma flor chama-se polinização directa, caso ocorra esse transporte para outras flores chama-se polinização cruzada. A polinização cruzada permite uma maior variabilidade genética dos indivíduos das novas gerações.


Como ocorre a polinização?

Os grãos de pólen caem sobre os estigmas e germinam, caso as condições forem favoráveis, formando tubos polínicos. O tubo polínico cresce, graças às substâncias nutritivas do estigma, ao longo do estilete penetrando no ovário. Ocorre fecundação que origina a formação de um ovo, que ao desenvolver-se origina um embrião. Após a fecundação os óvulos originam as sementes. As paredes do ovário desenvolvem-se e formam o pericarpo que envolve as sementes. O conjunto do pericarpo e das sementes constitui o fruto.


Caso o pericarpo tenha substâncias nutritivas designa-se por fruto carnudo. Se acabar por desidratar forma-se um fruto seco.


Agentes polinizadores

Diversos agentes como a água (hidrofilia), vento (anemofilia), insectos (entomofilia), aves (ornitofilia) proporcionam a polinização.



Disseminação das sementes

É essencial na propagação das plantas com flor, podendo ser efectuada por diversos agentes: animais, vento ou água.
Permite a dispersão das sementes por áreas por vezes distantes das plantas onde foram originadas. As sementes, após permanecerem num estado de vida latente, entram em germinação originando novas plantas independentes.

Sem comentários: