segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Regulação do ciclo celular e estabilidade genética

Regulação do ciclo celular



O ciclo celular anteriormente estudado obedece a rigorosos mecanismos de controlo que actuam fundamentalmente em três pontos: no final da G1, no final da G2 e durante a Mitose.




Na etapa G1, avalia-se se o DNA se encontra danificado ou não, caso não possa ser reparado dá-se a apoptose ou morte celular programada. Durante a apoptose ocorre a fragmentação da célula conduzindo à sua autodestruição.


Noutro caso, a célula pode entrar em G0 não voltando a dividir-se. As células podem permanecer em G0 durante muito tempo até à sua morte (por exemplo: neurónios), mas podem prosseguir o ciclo celular se forem devidamente estimuladas.


No final da G2 avalia-se se o DNA se replicou correctamente. Se tiverem ocorrido anomalias na replicação do DNA, se esta não tiver terminado ou se o DNA se apresentar danificado por radiações solares ou raios X, o ciclo é interrompido.


Na mitose, verifica-se a repartição dos cromossomas pelas células-filhas. Se não se estiver a efectuar de forma equitativa o ciclo é interrompido.


Estes sistemas de controlo podem falhar dando origem a cancro ou neoplasias malignas. Numa neoplasia a célula divide-se descontroladamente adquirindo características malignas. As células dos tumores malignos podem invadir os tecidos vizinhos ou espalhar-se por outras partes do corpo, ocorrendo a metastização.


Os sistemas de controlo são influenciados quer pelo meio interno quer pelo meio externo (fumo, poluentes, corantes e outras substâncias químicas). As radiações também podem fazer com que os mecanismo de reparação e de controlo não actuem.





Estabilidade genética


A estabilidade genética só é possível devido à replicação semiconservativa do ADN na fase S da interfase, que origina cromossomas constituídos por dois cromatídios unidos pelo centrómero. Isto permite que na anáfase ocorra a distribuição equitativa de cromossomas e, consequentemente, de ADN, para as células-filhas. Caso não ocorra nenhum erro, isto garantirá que no final na fase mitótica as duas células resultantes possuam o mesmo conjunto de genes e informação genética que a célula-original, garantindo assim a estabilidade genética através de gerações.






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