sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Código genético


Foram feitas algumas investigações no sentido de decifrar o código genético mas foi o grupo de Gobind Khorana e Marshall Nirenberg que, em 1961, finalmente decifrou o código genético. Eles descobriram que cada conjunto de três nucleótidos do mRNA codificava um aminoácido, denominando-se codão. Isso, teoricamente, fazia sentido, pois um codão feito de um ou dois nucleótidos não poderia produzir combinações suficientes para codificar todos os 22 aminoácidos conhecidos. Mas um codão feito de três nucleótidos produz 64 combinações.
Fez-se então uma tabela do código genético:

Photobucket


Vários dados relativos ao código genético permitem identificar algumas das suas características:



- Universalidade do código genético: este código genético adapta-se a qualquer tipo de organismo, dos mais simples aos mais complexos (mesmo vírus). No entanto conhecem-se algumas excepções, como é o caso de protozoários (ex. paramécia).

- O código genético é redundante ou degenerado: vários codões podem codificar o mesmo aminoácido (ex. CCU, CCC, CCA e CCG codificam o aminoácido prolina).

- O código genético não é ambíguo: a cada codão corresponde um e só um aminoácido.

- O terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros.

- O codão AUG tem uma dupla função - é o codão que codifica o aminoácido metionina e é o codão de iniciação da síntese de proteínas.

- Os tripletos UAA, UAG e UGA são codões de finalização ou codões "stop" - são a instrução para a terminação da cadeia de síntese e não codificam aminoácidos.

É através do código genético que a informação contida na sequência de nucleótidos se expressa na sequência de aminoácidos das proteínas.



Sem comentários: