sábado, 27 de setembro de 2008

Investigações sobre o DNA

No séc.XX realizaram-se algumas experiências com o objectivo de evidenciar a importância do DNA. Venho aqui salientar algumas.
Um dos primeiros trabalhos relativos à importância do DNA, realizado em 1928, foi o de Frederick Griffith, bacteriologista, que constituíu o primeiro passo para a descoberta da importância do DNA. Na experiência mostrou-se que bactérias do tipo pneumococcus (causadoras de pneumonia) patogénicas, portadoras de cápsulas, quando mortas pelo calor e colocadas em contacto com bactérias não patogénicas, eram capazes de transformar as bactérias não patogénicas em bactérias patogénicas. Esta experiência levou Griffith a propôr um "Princípio Transformante". Ratos que recebiam a mistura de bactérias patogénicas mortas com não patogénicas vivas contraíam pneumonia, verificando-se a presença de bactérias patogénicas no seu sangue. (figura abaixo)


Photobucket
Alguns anos mais tarde, em 1942, Avery e colaboradores, baseados na experiência de Griffith, separaram o extracto celular em várias fracções (proteínas, DNA, glícidos, lípidos) e repetiram a experiência com os Pneumococcus. Apenas a fracção contendo DNA recuperou a capacidade das bactérias formarem novamente a cápsula. A fracção de DNA não perdia a sua capacidade transformante quando tratada com proteases ou quando era aquecido, todavia, o mesmo não acontecia para o tratamento com DNAse.

Outra experiência que ajudou a confirmar que o DNA era o suporte da informação genética, foi a experiência de Alfred Hershey e Martha Chase em 1952. Para essa experiência marcaram-se duas culturas de fagos (vírus que infectam bactérias) , uma com fosfato radioactivo (32P) e outra com enxofre radioactivo (35S), sendo que o fósforo se encontrava no DNA e o enxofre nas proteínas. Verificou-se que os fagos ao fixarem-se na parede da bactéria introduziram nela o seu DNA mas as proteínas ficaram no exterior. Uma vez no interior da bactéria, o DNA do vírus multiplicou-se e, por outro lado, a bactéria passa a produzir protéinas virais, que vão constituir a cápsula dos novos vírus, a bactéria passa então a "obedecer às ordens do vírus" (ver imagem abaixo). Photobucket

Foi após as experiências de Hershey e Chase que se aceitou ser o DNA o suporte físico da informação genética.

Sem comentários: