O calor interno da Terra e a energia solar à superfície provocam movimentos e transferências de materiais geológicos determinando assim a constante renovação e destruição de materiais – ciclo litológico (ver figura). É este ciclo que está na origem dos três tipos de rochas existentes na crusta e no manto: as rochas sedimentares (que se formam à superfície), as metamórficas (em zonas mais profundas da crusta), e as magmáticas (originadas a maiores profundidades, onde o material rochoso funde, constituindo o magma).
As rochas sedimentares, tal como as outras, são unidades naturais normalmente sólidas que entram na constituição da litosfera. São formadas por um ou por vários minerais associados.
Minerais – sua identificação
Os minerais são corpos sólidos, naturais (formados sem intervenção humana) e inorgânicos de estrutura cristalina (os seus elementos constituintes, átomos ou iões, apresentam-se de uma forma regular e ordenada de acordo com as três dimensões do espaço) com composição química definida ou variável dentro de certos limites.
A composição química e a estrutura cristalina determinam certas propriedades dos minerais, sendo algumas utilizadas na sua identificação pois permitem distingui-los uns dos outros.
Propriedades dos minerais
De entre as propriedades físicas e ópticas podem-se referir:
· Cor: pode ser muito variável, podendo existir várias cores no mesmo mineral, enquanto que alguns são transparentes. Alguns minerais têm uma cor própria não variável – idiocromáticos, como malaquite e pirite – ou podem ter cor variável – alocromáticos, como o quartzo que pode ser incolor, branco, amarelo e rosa. Isto deve-se à mistura de pequenas quantidades de certos elementos químicos, no caso do quartzo, ou à substituição de elementos por outros diferentes, variando assim a composição química e a cor. Por este motivo, esta propriedade não é muito fiável na identificação dos minerais.
· Brilho: é o efeito produzido pela luz ao reflectir numa superfície de fractura recente do mineral. Os minerais podem ter brilho metálico (como a galena-ver figura), como o observado nos metais, ou brilho não metálico ou vulgar. Há ainda o brilho submetálico, quando é do tipo metálico mas mais fraco (ex. volframite -na imagem).
· Risca ou traço: corresponde à cor do mineral quando reduzido a pó. Obtém-se normalmente por fricção sobre uma porcelana fosca que é muito dura. Em regra os minerais alocromáticos têm risca clara ou incolor e os minerais idiocromáticos não metálicos têm risca igual à sua cor; se forem minerais de brilho metálico a risca tende a ser negra. Esta propriedade é importante pois, mesmo que a cor do mineral varie, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral (ex. hematite).
De entre as propriedades físicas e mecânicas podem-se referir:
· Dureza: é a resistência que o mineral oferece à abrasão, ou seja, ao ser riscado por outro mineral ou por certos objectos. É condicionada pelo tipo de ligações entre as partículas, podendo variar com a direcção considerada.
A dureza relativa determina-se em relação a outros minerais com dureza padrão utilizando uma escala de dureza, a escala de Mohs.
A escala de Mohs (figura) é constituída por 10 termos por ordem crescente de dureza: o menos duro é o talco, e o mais duro é o diamante. Cada termo da escala de Mohs risca o termo imediatamente anterior, não sendo riscado por ele.
· Clivagem: distingue-se quando o mineral sujeito a uma pancada com um martelo se fragmenta de forma regular e com direcção definida em superfícies planas e brilhantes, que se repetem paralelamente a si mesmas. A clivagem esta relacionada com a estrutura cristalina do mineral, resultando do posicionamento dos átomos e do facto de as ligações químicas serem mais fracas numa direcção do que noutra. Separam-se mais facilmente os planos ligados entre si por forças mais fracas. Qualquer plano paralelo ao plano de clivagem é outro potencial plano de clivagem.
· Fractura: distingue-se quando o mineral sujeito a uma pancada com um martelo se fragmenta de forma irregular e sem direcção definida. Isto deve-se às partículas da rede cristalina serem submetidas a forças fortes em todas as direcções. As superfícies da fractura não se repetem paralelamente entre si e apresentam diferentes aspectos.
Outra propriedade física é a:
· Densidade: a densidade absoluta ou massa volúmica (g/cm3) de uma substância depende da natureza das partículas (átomos ou iões) que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessas partículas (estrutura cristalina). Pode ser determinada colocando-se uma amostra do mineral dentro de uma proveta com água, sendo a subida da água correspondente ao volume da amostra. Para determinar a massa da amostra utiliza-se uma balança.
Massa volúmica = M/V
A densidade relativa determina-se em relação à densidade da água, que se considera igual a 1, dividindo-se a massa volúmica do mineral pela massa volúmica da água. Pode-se também utilizar uma balança de Jolly, que determina o peso da amostra do mineral no ar (P) e mergulhado na água (P’). A densidade relativa obtém-se dividindo o peso da amostra fora de água pelo valor da impulsão (P-P’).
Há também propriedades químicas dos minerais:
· Teste do sabor salgado para a determinação da presença da halite (NaCl).
· Teste da efervescência pelo contacto com um ácido. Por exemplo, carbonatos como a calcite reagem com os ácidos libertando CO2, o que provoca efervescência. Este fenómeno ocorre a frio em determinados minerais e a quente noutros.
· Teste do cheiro – por exemplo, o argilito e argilas cheiram a barro quando bafejados.
Determinadas as propriedades dos minerais, a sua identificação é possível utilizando chaves dicotómicas ou consultando tabelas em que estão registadas as principais características dos diferentes minerais. Existem também programas de software que permitem a identificação de minerais, considerando as suas propriedades.
As rochas sedimentares, tal como as outras, são unidades naturais normalmente sólidas que entram na constituição da litosfera. São formadas por um ou por vários minerais associados.
Minerais – sua identificação
Os minerais são corpos sólidos, naturais (formados sem intervenção humana) e inorgânicos de estrutura cristalina (os seus elementos constituintes, átomos ou iões, apresentam-se de uma forma regular e ordenada de acordo com as três dimensões do espaço) com composição química definida ou variável dentro de certos limites.
A composição química e a estrutura cristalina determinam certas propriedades dos minerais, sendo algumas utilizadas na sua identificação pois permitem distingui-los uns dos outros.
Propriedades dos minerais
De entre as propriedades físicas e ópticas podem-se referir:
· Cor: pode ser muito variável, podendo existir várias cores no mesmo mineral, enquanto que alguns são transparentes. Alguns minerais têm uma cor própria não variável – idiocromáticos, como malaquite e pirite – ou podem ter cor variável – alocromáticos, como o quartzo que pode ser incolor, branco, amarelo e rosa. Isto deve-se à mistura de pequenas quantidades de certos elementos químicos, no caso do quartzo, ou à substituição de elementos por outros diferentes, variando assim a composição química e a cor. Por este motivo, esta propriedade não é muito fiável na identificação dos minerais.
· Brilho: é o efeito produzido pela luz ao reflectir numa superfície de fractura recente do mineral. Os minerais podem ter brilho metálico (como a galena-ver figura), como o observado nos metais, ou brilho não metálico ou vulgar. Há ainda o brilho submetálico, quando é do tipo metálico mas mais fraco (ex. volframite -na imagem).
· Risca ou traço: corresponde à cor do mineral quando reduzido a pó. Obtém-se normalmente por fricção sobre uma porcelana fosca que é muito dura. Em regra os minerais alocromáticos têm risca clara ou incolor e os minerais idiocromáticos não metálicos têm risca igual à sua cor; se forem minerais de brilho metálico a risca tende a ser negra. Esta propriedade é importante pois, mesmo que a cor do mineral varie, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral (ex. hematite).
De entre as propriedades físicas e mecânicas podem-se referir:
· Dureza: é a resistência que o mineral oferece à abrasão, ou seja, ao ser riscado por outro mineral ou por certos objectos. É condicionada pelo tipo de ligações entre as partículas, podendo variar com a direcção considerada.
A dureza relativa determina-se em relação a outros minerais com dureza padrão utilizando uma escala de dureza, a escala de Mohs.
A escala de Mohs (figura) é constituída por 10 termos por ordem crescente de dureza: o menos duro é o talco, e o mais duro é o diamante. Cada termo da escala de Mohs risca o termo imediatamente anterior, não sendo riscado por ele.
Se um mineral risca e é riscado por um termo da escala, ou se não se riscam entre si, possui a mesma dureza relativa correspondente a esse termo. Há casos em que a dureza do mineral fica compreendida entre a dureza de dois termos (ex. Biotite cuja dureza é 2,5). Os minerais de dureza superior ou igual a seis riscam o vidro.
A determinação da dureza absoluta já implica a utilização de aparelhos muito especializados. Uma desvantagem do uso da escala de Mohs é precisamente o facto de o aumento da dureza absoluta entre os diferentes termos fazer-se de forma descontínua e não ser sempre o mesmo (ver tabela).
· Clivagem: distingue-se quando o mineral sujeito a uma pancada com um martelo se fragmenta de forma regular e com direcção definida em superfícies planas e brilhantes, que se repetem paralelamente a si mesmas. A clivagem esta relacionada com a estrutura cristalina do mineral, resultando do posicionamento dos átomos e do facto de as ligações químicas serem mais fracas numa direcção do que noutra. Separam-se mais facilmente os planos ligados entre si por forças mais fracas. Qualquer plano paralelo ao plano de clivagem é outro potencial plano de clivagem.
· Fractura: distingue-se quando o mineral sujeito a uma pancada com um martelo se fragmenta de forma irregular e sem direcção definida. Isto deve-se às partículas da rede cristalina serem submetidas a forças fortes em todas as direcções. As superfícies da fractura não se repetem paralelamente entre si e apresentam diferentes aspectos.
Outra propriedade física é a:
· Densidade: a densidade absoluta ou massa volúmica (g/cm3) de uma substância depende da natureza das partículas (átomos ou iões) que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessas partículas (estrutura cristalina). Pode ser determinada colocando-se uma amostra do mineral dentro de uma proveta com água, sendo a subida da água correspondente ao volume da amostra. Para determinar a massa da amostra utiliza-se uma balança.
Massa volúmica = M/V
A densidade relativa determina-se em relação à densidade da água, que se considera igual a 1, dividindo-se a massa volúmica do mineral pela massa volúmica da água. Pode-se também utilizar uma balança de Jolly, que determina o peso da amostra do mineral no ar (P) e mergulhado na água (P’). A densidade relativa obtém-se dividindo o peso da amostra fora de água pelo valor da impulsão (P-P’).
Há também propriedades químicas dos minerais:
· Teste do sabor salgado para a determinação da presença da halite (NaCl).
· Teste da efervescência pelo contacto com um ácido. Por exemplo, carbonatos como a calcite reagem com os ácidos libertando CO2, o que provoca efervescência. Este fenómeno ocorre a frio em determinados minerais e a quente noutros.
· Teste do cheiro – por exemplo, o argilito e argilas cheiram a barro quando bafejados.
Determinadas as propriedades dos minerais, a sua identificação é possível utilizando chaves dicotómicas ou consultando tabelas em que estão registadas as principais características dos diferentes minerais. Existem também programas de software que permitem a identificação de minerais, considerando as suas propriedades.
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