sábado, 10 de janeiro de 2009

Neodarwinismo - Teoria sintética da evolução


Neodarwinismo – Teoria sintética da evolução

Foi a partir do Darwinismo que o evolucionismo se impôs no mundo científico. No entanto esta teoria apresentava pontos frágeis, nomeadamente porque Darwin não conseguiu explicar quais os mecanismos responsáveis pelas variações verificadas nas espécies, nem o modo como essas variações se transmitem de geração em geração.
No século XX, com o desenvolvimento dos conhecimentos de genética conseguiu-se reinterpretar a teoria da evolução de Darwin, sintetizando e correlacionando os diversos conhecimentos das áreas da genética, da citologia e da bioquímica. Dessa síntese nasceu então a teoria sintética da evolução ou neodarwinismo.
Esta teoria engloba duas ideias fundamentais:
variabilidade genética e selecção natural.

Variabilidade genética
A diversidade existente no mundo vivo tem como fonte a ocorrência de mutações e fenómenos de recombinação genética.

Mutações – as alterações bruscas do património genético podem ocorrer ao nível dos cromossomas (na disposição dos genes ou no número de cromossomas) ou genes (na sequência nucleotídica). Se essas alterações derem origem a características favoráveis nos indivíduos, constituem uma fonte de variabilidade genética primária.

Recombinação genética – Outra fonte de variabilidade genética que se obtém através da reprodução sexuada: ao nível da meiose (fenómeno de crossing-over, e separação aleatória dos cromossomas homólogos) e da fecundação (fusão aleatória dos gâmetas).

É principalmente a recombinação genética que cria a variabilidade, favorecendo o aparecimento de uma multiplicidade de diferentes combinações de genes.

Selecção natural e fundo genético
A selecção natural não actua sobre genes ou características genéticas de forma isolada, mas sim sobre a globalidade dos indivíduos de uma população com toda a sua carga genética, isto porque cada indivíduo não evolui isoladamente.


Há vários tipos de selecção natural: a direccional evidencia o processo de selecção natural mais frequente, neste caso com deslocação do ponto de ajuste para uma determinada característica; a disruptiva, em que são privilegiadas as formas extremas de um determinado carácter, desfavorecendo a forma intermédia, inicialmente mais comum; ou a estabilizadora, em que a forma mais comum é favorecida em relação aos restantes fenótipos sendo eliminadas, com o tempo, as formas mais afastadas do ponto de ajuste.
A unidade evolutiva é então a população (conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive num determinado local e ao mesmo tempo), e quanto maior for a diversidade numa população maior é a probabilidade de ela se adaptar a mudanças que ocorram no meio, pois entre essa diversidade há indivíduos portadores de conjuntos génicos que sejam favorecidos pela selecção natural. Esses indivíduos reproduzem-se mais (reprodução diferencial) originando maior descendência, tornando mais frequente os seus genes.
As populações podem, assim, adquirir novos conjuntos de genes, alterando o seu fundo genético, evoluindo de uma forma lenta e gradual. Define-se fundo genético como o conjunto de todos os genes presentes numa população num dado momento.
O contrário acontece com as populações homogéneas.
Quando o meio se altera, o conjunto génico mais favorável pode deixar de o ser no novo ambiente.
Conclui-se assim que ao longo do tempo, determinados genes e, portanto, determinadas características acabam por se implantar nas populações em detrimento de outros, que vão sendo eliminados, dando-se assim a evolução.
Para concluir este tema relacionado com a evolução encontrei um vídeo interessante sobre a evolução das plantas!

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